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Âncora 1

Grupos de Trabalho

GT 01: Corporalidades na/da fronteira: gênero, raça e sexualidades

 

Maria Aparecida Webber (UNILA/LAFRONT/UNIOESTE)

webber.cidamaria@hotmail.com

Thiago Benitez (UNIOESTE)

thiago_benitez@hotmail.com

 

Viver, pensar e pesquisar nos e sobre os “limites” dos territórios, dos corpos e das identidades é uma tarefa desafiadora que demanda quebras de paradigmas. As aproximações entre os estudos de fronteira e gênero/sexualidade/corporalidade ampliam nossa capacidade de refletir a respeito das subjetividades (re)construídas pelos sujeitos, além de possibilitar novos olhares e vozes emergentes na apreensão desses singulares espaços. As dinâmicas percebidas e vivenciadas em cenários fronteiriços marcam, muitas vezes, experiências de desconstrução e transgressão às imposições do Estado e normas sociais – ou seja, são resistências aos padrões estabelecidos normativamente. A pluralidade de gênero e dissidências sexuais também o são, sintonizando-se, assim, na desconstrução de representações fixas e hegemônicas do mundo que compartilhamos. As narrativas e percepções identitárias pluralizadas têm contribuído para a complexificação nos debates de gênero, raça e sexualidade, porém é urgente pensarmos os corpos e os afetos relacionando-os também à espacialidade. Com o objetivo de proporcionar um espaço de diálogo e discussões que ultrapassem o estudo das fronteiras em sua dimensão geográfica, admitindo também suas dimensões simbólicas, políticas e identitárias, este GT acolherá trabalhos que reflitam sobre questões de gênero, sexualidade e corporalidades e suas relações com territórios transfronteiriços. Produções que incluam os debates de racialização/etnização e/ou reflitam a partir de perspectivas interseccionais envolvendo religiosidades, artes, afetos e feminismos em contextos fronteiriços também são bem vindes. Levando em consideração a polissemia da palavra fronteira, a diversidade subjetiva do ser, bem como a necessidade de romper com os muros disciplinares, convidamos a todes a compartilhar reflexões sobre suas produções e experiências de pesquisa a partir de abordagens inter, trans, entre, e não disciplinares nas muitas possíveis leituras de fronteira.

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Palavras-chave: Gênero, Fronteira, Corporalidades, (Re)Existências.

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​GT 02: Migrações e Fronteiras na América Latina e Caribe

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Manoela Jaqueira (PUC-RIO/LAFRONT/CESUFOZ/FAFIG)

manoelajaqueira@hotmail.com

Max André Araújo Ferreira (UFRR/LAFRONT/UNIOESTE)

maxandre11@hotmail.com

 

A crise de mobilidade humana e a dinâmica social materializada na América Latina e Caribe impõe mudanças nos processos de mobilidade laboral, na configuração das fronteiras, nos processos de urbanização e nas interações espaciais entre as cidades estruturadas em rede. Desta forma, existe uma série de reorientações das formas empíricas, do exercício da mobilidade e da migração como meio e condição para a reprodução social. A reestruturação urbana permite o surgimento de novos fluxos populacionais que entrelaçam dimensões locais, regionais, nacionais e internacionais. Assim, começam a se produzir um conjunto de espacialidades, territorialidade e paisagens baseadas em particularidades socioeconômicas, culturais e universais, materializadas a partir da figura do migrante em suas múltiplas trajetórias. Este grupo de trabalho propõe debater as discussões e reflexões sobre a mobilidade laboral, o deslocamento nos fluxos migratórios internacionais e fronteiriços, o papel da inserção global das cidades fronteiriças e as repercussões na relação com a segregação espacial na dimensão local e das territorialidades dos migrantes nas cidades. Neste contexto o diálogo dos limites físicos e/ou simbólicos são elementos importantes para o desenho e contextualização empírica/teórica do objeto/sujeito de pesquisa.

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Palavras-chave: Migração, Fronteira, Mobilidade Humana.

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GT 03: Paradiplomacia e Fronteiras

 

Deise Baumgratz (UTFPR/UNILA/LAFRONT)

baumgratz9@gmail.com

Gustavo Oliveira Vieira  (UNILA)

gvieira7@gmail.com

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As fronteiras nacionais são frequentemente abordadas como o limite entre o eu e o outro, concepção reforçada por políticas de Estado de fechamento e controle. Entretanto, as cidades de fronteira formam uma confluência de espaços que convergem em diversos pontos, com desafios e oportunidades semelhantes, dando o sentido à condição “transfronteiriça”, na medida em que a vida e as diversas dimensões do desenvolvimento se tornam interdependentes e altamente conectadas. Neste contexto emerge o conceito de Paradiplomacia, como Noe Cornargo o explica, e sintetizamos como um mecanismo de inserção internacional dos atores subnacionais para a integração fronteiriça e a cooperação internacional.  Uma mudança na concepção de competição para cooperação, onde estes atores subnacionais fronteiriços podem atuar conjuntamente, planificando ações para promoção do desenvolvimento regional, nos âmbitos econômico, social, educacional, de saúde, político entre outros. Este GT aceitará propostas para discutir as questões de paradiplomacia na fronteira, as ações de cooperação nos temas transversais supracitados, assim como estudo de caso e análises de cenário de relações internacionais fronteiriças envolvendo a governança local.

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Palavras-chave: Paradiplomacia, Fronteira, Integração.

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GT 04: Fronteiras e Desenvolvimento Territorial

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Gustavo Biasoli Alves (LAFRONT/UNIOESTE)

gustavo.alves@unioeste.br

Gutemberg de Vilhena Silva (UNIFAP)

 

A fronteira é um espaço de encontros, desencontros e confrontos. Para ela confluem os Estados Nacionais e as civilizações e ali o contato com o outro é frequente e intenso. Por seu turno o desenvolvimento territorial envolve sujeitos que conhecem e dominam o seu espaço. Além disto, questões sanitárias, ambientais, de fluxo comercial, migratórias e de modelos de desenvolvimento impactam diretamente a vida fronteiriça. Há também disputas pela posse de territórios ou pela hegemonia sobre eles envolvendo grupos nacionalistas, étnicos e religiosos. O GT se propõe a ser um espaço onde tudo isso possa ser discutido ao se apresentar a realidade das mais diversas fronteiras em todo o globo mostrando como sujeitos se fizeram donos de seus espaços, como lidaram com questões colocadas por aqueles com os quais tiveram contato e como reagiram a imposições feitas por Estados, outros povos e organismos supranacionais. Se propõe também a ser um espaço para a discussão do impacto de questões sanitárias e ambientais sobre as fronteiras. É desejável que se possa estabelecer comparações entre diversas realidades fronteiriças e que assim a realidade possa ser mais bem compreendida.

 

Palavras-chave: Fronteiras, Desenvolvimento Territorial, Comparação

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GT 05: Trabalhadores(as), ilegalismos e fronteiras.

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Cíntia Fiorotti Lima (LAFRONT/SEED)

cintiafiorotti@hotmail.com

Gabrieli Ribas de Morais (LAFRONT/UNIOESTE)

Email: gabirdm@hotmail.com

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A fronteira, por si só, pode ser entendida, como o limite da soberania de um Estado e é permeada por diferenças estruturais, políticas, culturais e ideológicas dos países que a compõe. É uma área de diversidade que produz efeitos multidimensionais. O GT “Trabalhadores(as) e ilegalismos” é um espaço para debatermos os resultados dos estudos sobre as mudanças sociais, econômicas e culturais vivenciadas pelos(as) trabalhadores(as) nas regiões de fronteiras territoriais dos Estados nacionais. O enfoque está em estudos voltados para a problematização e análise das relações sociais a partir das percepções e interpretações dos sujeitos envolvidos em formas de trabalhos formais/informais e legais/ilegais nas fronteiras. Serão acolhidas: discussões teóricas-metodológicas envolvendo o tema trabalhadores(as), trabalho e ilegalismos na Fronteira; o uso de fontes orais em pesquisas que desenvolvam análises a partir das experiências dos sujeitos na fronteira; estudos que apontem os processos de mudanças nos modos de vida, nas culturas e nos costumes das populações fronteiriças; análises sobre as identidades dos trabalhadores(as) nas fronteiras; estudos sobre a criminalização dos modos de vida e de trabalho; problematizações sobre as ações do Estado nas tentativas de controle das práticas consideradas irregulares e/ou ilegais nas fronteiras; as fontes de pesquisas possíveis para análises dos sujeitos silenciados pelas narrativas oficiais; estudos sobre o trabalho infantil nas ruas das cidades fronteiriças; pesquisas sobre o envolvimento da população indígena em formas de trabalho na fronteira; disputas no comércio de rua pelo espaço urbano.

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Palavras-chave: Trabalho, ilegalismos e Fronteira.

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GT 06: Fronteiras, educação e Interculturalidade

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Giovane da Silva Lozano (LAFRONT/UFGD)

giovane_lozano@hotmail.com

Leandro de Araújo Crestani (LAFRONT/UNESPAR/FAG)

leandrocrestani@hotmail.com

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Comentarista: Carmentilla das Chagas Martins (UNIFAP)

 

A fronteira é um espaço de heterogeneidade, plural, múltipla, de encontros e desencontros, onde podem ser observadas várias dinâmicas e interações econômicas, sociais, políticas, culturais e analisar os fluxos. Local para pensar a construção de identidade e alteridade, para afirmar e legitimar. O aumento do fluxo migratório acontece por fatores econômicos, sociais, perseguição política e religiosa ou cataclismas. Relacionado às escolas, centros educacionais e universidades, passaram a receber estudantes de diversos países. Assim é necessário aprender a lidar com essa diversidade de estrutura de ensino, buscando novos métodos e formas pedagógicas para trabalhar com esses estudantes estrangeiros e migrantes. O sistema educacional é um espaço de aprendizagem, troca, relações sociais, onde há diversas culturas e classes sociais no qual essas categorias e relações são vistas em região de fronteira. A interculturalidade vem sendo discutida nas instituições de ensino e setores da vida pública, e sendo amplamente abordada como elemento para combater preconceitos étnicos, culturais, de gênero e religião nas demais esferas públicas. Tendo como base as diversidades, o reconhecimento das diferenças culturais e buscando a convivência, diálogo e tolerância, chega-se a compreensão e entendimento das diferentes culturas. Problematizando, assim os aspectos culturais e fronteiriços na perspectiva de valorização da cultura do “outro” no ambiente educacional. Com isso, a proposta do GT é debater as práticas interculturais visando âmbito educacional, suas problemáticas e perspectivas, principalmente no espaço fronteiriço. Por tanto, busca-se refletir sobre as pesquisas e experiências nas escolas, universidades, esferas públicas com relação as suas implicações nas relações sociais e cotidianas.

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Palavras-chave: Educação, Interculturalidade, fronteira.

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